segunda-feira, 22 de junho de 2009

Jornalista sem diploma será um excelente chefe de cozinha

Esta última semana as notícias se voltaram para quem dá as noticias. Numa discussão que não vem de hoje, o Supremo Tribunal Federal derrubou por oito votos contra um a exigência do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista. Apenas o ministro Marco Aurélio votou a favor da exigência.
Durante acalorada discussão dos pares distintos do Supremo (que não era de Frango) até mesmo a infeliz comparação da pratica do jornalismo com o chefe de cozinha foi argumento para justificar seu voto a favor da não exigência do diploma, talvez por não saber que exista cursos de graduação em gastronomia, e que a gastronomia é o exercício profissional dos grandes chefes de cozinha.
Sem entrar no mérito das importâncias que cada um destes profissionais tem para o deleite da sociedade contemporânea, o fato é que sem a exigência do diploma universitário, as coisas tomam tendências não muito positivas para quem investiu alguns mil reais (preço de um carro popular zero quilometro) em sua formação universitária.
É fato também que não é o hábito que faz o monge, mas a verdade é que não há espaço na contemporaneidade para os antigos jornalistas/práticos. Aqueles que entraram nas redações como faz-tudo, boy, assistentes e terminaram seus dias como chefes de redação ou até mesmo presidentes de grandes corporações.
O jornalismo moderno, linkado nas novas tecnologias e, a velocidade da virtualidade necessita sim do apoio acadêmico para sua formação. Lembro-me de meu período de faculdade, quando uma linda colega de turma (que sonhava ser repórter de televisão) me perguntava no terceiro ano se a Argentina era ou não um país (nota: seu sonho foi realizado).
Somos formadores de opinião, responsáveis por contar a história do cotidiano do tempo presente. Somos o olho que tudo vê, o grande “Big Brother”, os arautos da modernidade e não dá para ser tudo isso sem a leitura de mundo sob o olhar dos grandes pensadores de jornalismo que só a universidade é capaz de nos oferecer.
Mas, se tudo isso não é importante, vou pedir licença aos grandes mestres cuca da culinária e vou partir para a cozinha, pois sem diploma talvez o jornalista possa ser um grande chefe de cozinha.
Em respeito aos jornalistas, aos universitários de jornalismo e a população. Uma semana de paz, progresso e evolução para todos.

Um comentário:

  1. Êta Brasil... qdo criaram essa terrinha sem terremotos (geofídicos), furacões (Sta. Catarina tem) e outras catástrofes naturais, esquecveram-se dos habitantes !!! Amanhã serão os curandeiros com diploma de doutor, os trambiqueiros com pós doutourados e por aí vai. Lamentável a decisão do Supremo mas, quem mandou não nascer na Suécia, Austria ?....

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