domingo, 22 de fevereiro de 2009

Agendamento: Século XXI

Meios de Comunicação e o compromisso com a inclusão digital
Conhecimento é poder. Com esta afirmativa nos deparamos com uma realidade permeada pelos os signos dos meios de comunicação de massa, que exercem de maneira absoluta e irrevogável sua influência no processo cognitivo e comportamental da sociedade contemporânea, que vive numa busca incessante pela apropriação deste “poder”. Os países pertencentes ao bloco dos em desenvolvimento (países latino-americanos) encontram-se debruçados sobre uma agenda comum de intenções para o século XXI, que dispõem sobre o compromisso firmado em colocar suas respectivas nações na nova era tecnoglobalizada da informação universal. Inclusão digital, tecnológico e do conhecimento foram às bandeiras hasteadas neste novo milênio, sem se darem conta que a agenda do século passado, nem de perto fora colocado em prática.
Como esperar que estes países consigam entrar na era digital e da informação global, quando menos de 6,8% desta população tem acesso igualitário aos meios e mecanismos promotoras desta inclusão? Como ganhar a era do conhecimento universalizado, se as diferenças entre as classes sociais não foram nem ao menos minimizadas nestes países? O grande desafio que se tem pela frente será, antes de mais nada, o de superar e resolver os grandes problemas que não foram solucionados na agenda passada, promovendo a reabilitação cidadã, o resgate soberano do indivíduo, sua inserção social de maneira igualitária e sua participação na construção histórica de seu tempo, capaz de reconhecê-lo não como sujeito, mas verdadeiramente como agente deste processo.
Estes desafios só serão efetivamente vencidos com uma revolução silenciosa que acontece no indivíduo, se estende pela família, passa pelas escolas, atinge as organizações sociais e estilhaçam com os vitrais do Estado. Uma revolução cujas armas são carregadas com ética, transparência, vontade política e comprometimento com o coletivo. Se não suborno meu filho, para que este cumpra com uma vontade minha, não estarei formando uma sociedade de corruptos e corruptores. Fazer a nossa parte será sem dúvida cumprir uma agenda microssocial, cobrar das demais esferas organizadas, votar e denunciar os desvios de conduta que quebram com o pacto social proposto pela revolução será nossa contribuição para a agenda macrossocial do século XXI.
Conhecimento é poder. Se o agendamento do século XXI, prioriza a tecnologia da informação, a inclusão digital e a valorização do conhecimento, o compromisso dos meios de comunicação torna-se ainda mais importante neste processo de revolução social. O Dr. Ph.D. em Sociologia, Pedrinho A. Guareschi, co-autor do livro – Comunicação & Controle Social (Vozes, 2001, 4ª Ed.), relata em sua obra que quem detém a comunicação, detém o poder e se esta comunicação é capaz de construir a realidade, quem detém o poder sobre esta construção do real, tem poder sobre a existência das coisas, sobre a difusão das idéias e mesmo sobre a criação da opinião pública. Desta maneira o papel social dos meios de comunicação, bem como dos comunicólogos de plantão (aqui se lê jornalistas, publicitários e relações públicas) são instrumentos indispensáveis nesta construção do real, podendo construir para o bem ou para o mal.
Neste momento, independente das políticas editoriais das empresas de informação espalhadas pelo país a fora, aqui prevalecerá os conceitos de valores éticos e morais, a consciência e o comprometimento social que permeiam a formação deste comunicólogo e do quanto este poderá contribuir para a disseminação de notícias e acontecimentos que reflitam um verdadeiro processo de revolução social e que seja capaz de denunciar todo e qualquer movimento que se oponha a essa revolução. No século XXI, se assim o quisermos, os meios de comunicação social poderão fazer a diferença e colocar não só o Brasil, mas todos os países da América Latina nos caminhos da inclusão social, cidadã e de igualdade junto ao restante do mundo.

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