Um dos principais fenômenos da contemporaneidade presente no tecido social está diretamente relacionado com o processo de formação identitária do indivíduo e seu entorno. Isso significa que dentre várias outras coisas que o surgimento contínuo de demandas por procedimentos políticos, econômicos, sociais e culturais passam irreversivelmente a afetar o modo de vida do indivíduo e, consequentemente sua maneira de perceber os signos e seus significados no cotidiano.
Na região Norte Fluminense, mais localizada nos municípios limítrofes de São João da Barra, São Francisco do Itabapoana e Campos dos Goytactazes esses fenômenos deverão ser sentidos e vivenciados numa escala ainda maior, conseqüência direta dos efeitos das novas tecnologias advindas da instalação do projeto portuário denominado Superporto do Açu, considerado já como um dos três maiores portos de todo o planeta.
Sustentabilidade responsável, comprometimento social e preservação ambiental têm sido a tônica das reflexões promovidas pela sociedade civil organizada e gestores públicos numa tentativa de equacionar problemas que passarão a impactar estas cidades num futuro cada vez mais próximo.
Empreendimentos do porte que se apresenta trarão consigo a marca indelével do progresso e da prosperidade, mas, também os efeitos negativos que permearão suas estruturas sociais. A violência, as drogas, a ocupação desordenada do solo e, a ingerência sob os aspectos ambientais farão divisa com os resultados assim esperados pelas corporações que se instalarão no entorno do complexo do Açu.
Para tais dilemas, a solução estará na capacidade de interlocução de seus mediadores, que terão de se colocar acima das diferenças e centralizar todas as forças em favor da coletividade, aptos a propor alternativas para o enfrentamento destes novos paradigmas.
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